Quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
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Uma empresa de Minas Gerais lançou em fevereiro o primeiro tablet desenvolvido e montado no Brasil. A MXT Industrial, que produz hardware para o segmento automotivo, criou o “i-MXT”, que roda o sistema operacional do Google, o Android 2.2. O tablet nacional é vendido entre R$ 1,6 mil e R$ 2,5 mil.
“Inicialmente, tínhamos como foco a indústria automotiva. Porém, no início de 2010, vimos que o aparelho poderia ser usado em uma série de outros segmentos. Por isso, remodelamos o projeto”, explica Etiene Guerra , diretor-executivo da MXT Holding.
Com tela sensível ao toque de 7 polegadas, o “i-MXT” pesa 650 gramas, tem conexão 3G, edge e wi-fi. O aparelho possui ainda câmeras frontal e traseira. Segundo a MXT Industrial, foram investidos quase R$ 4 milhões no desenvolvimento do produto.
Uso automotivo
Como o tablet pode ser adaptado para o uso automotivo, o aparelho suporta vibrações e surto de tensão. Além disso, o aparelho pode ser conectado à central eletrônica do veículo para que o GPS, o acelerômetro e outros itens sirvam para monitorar o funcionamento do carro.
“Participamos da CES 2011, em Las Vegas, para mostrar os nossos produtos. O comentário que mais ouvimos de empresas de vários países foi de que, entre os mais de 1 mil tablets apresentados no evento, o nosso era o único que poderia atender às necessidades para o segmento automotivo”, conta Guerra.
Outro diferencial, conforme a empresa, é o modem GSM/EDGE que funciona independentemente de o equipamento estar ligado ou não. Ou seja, se o aparelho for roubado, ele pode continuar a ser rastreado pelo dono.
Exportação
O tablet brasileiro será exportado para 12 países, segundo previsões da empresa. "Uma fornecedora da indústria automotiva ficou interessada no projeto e pretende levar o tablet para outros países, como Estados Unidos, Itália, Alemanha e França", disse Guerra.
Além disso, a Polícia Militar do Estado de São Paulo fechou um contrato para a compra de 11 mil equipamentos. Os tablets serão usados na frota de veículos, para melhorar a agilidade operacional. “Um policial que está na rua poderá consultar informações sobre um veículo ou a identidade de uma pessoa, por exemplo”, explica Guerra.
Fonte: G1